Itaqui, meu pago!

 Para o gaúcho caráter é mais importante que dinheiro, nos rebelamos contra a corrupção e todo tipo de injustiça. Como diz a letra de nosso hino "povo que não tem virtude acaba por ser escravo", "foi o 20 de setembro o precursor da liberdade", sendo assim não baixamos a guarda, precisamos estar sempre alertas, pois sabemos que ameaças sempre existirão.  O Brasil é nossa pátria e o Rio Grande a nossa querência amada, que "sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra".

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 Diz uma lenda no Rio Grande do Sul que o João-de-barro surgiu de um grande amor vivido por um casal de índios, que para permanecerem juntos se transformaram em pássaros, e assim permanecem felizes e em paz na floresta.  O índio foi submetido a ficar sem qualquer alimentação durante nove dias enrolado em um pesado couro de anta, se passasse por esta prova ganharia o direito de viver com a bela índia que amava. Não resistindo, se transformou em um pássaro, e quando os raios de luar do nono dia banharam o corpo da jovem moça, ela também se transformou.  Foi assim que o primeiro casal de João-de-barro surgiu, e este amor continua forte e unido até hoje.  Para homenagear este pássaro tão expressivo para os gaúchos, produzi este vídeo com belas fotos, a música faz parte de nosso folclore, canta Paixão Côrtes .

 O folclore gaúcho é rico e falar da música, lendas e tradições do Rio Grande do Sul me enchem de orgulho e alegria, por este motivo gosto de postar aqui no Blog um pouco de algo folclórico e da cultura deste povo, sempre ilustrando se possível com fotos e vídeos.  O Bugio é uma espécie de macaco ainda nos dias de hoje facilmente encontrado em nossas matas e margens de rios. Em Itaqui, cidade onde vivo é comum durante as cheias do Rio Uruguai e seus afluentes, estes animais se aproximarem da cidade, onde alguns permanecem quando os rios retornam aos seus leitos normais, convivem com os habitantes humanos de uma maneira até bem pacífica.  O Bugio é tão popular aqui no sul, que empresta seu nome a um tipo de música, dança e ritmo gaúcho.   Paixão Côrtes , um grande historiador é o maior divulgador de nosso folclore e teve a sensibilidade de entender tudo isso gravando a muito tempo atrás a música " Seu Bugio ".  Em nossos CTGs e MTGs se dança muito o Bugio, c...

 Chimarreando me vem as lembranças de minha infância e adolescência, dos tempos que eu morava ali na rua D. Pedro II, próximo a ponte-seca.  Nossos jogos de futebol eram no meio da rua com as goleiras feitas de pedra, e ao cruzar um carro o jogo parava para ser reiniciado logo após. Lembro com saudade da casa da Dona Tida onde havia um pé de Ambu enorme, sentados em suas raízes a turma se reunia, para combinar e traçar os planos do dia. Quando não saíamos a passear de carroça, íamos para "as pedras" tomar banho no Rio Uruguai. Bonitinho e o Eco do Minuano  Mais tarde, um pouco mais crescidos veio a fase das serenatas, sempre oferecidas as gurias de nossas paixões, e quem tocava o violão? Era ele o "Bonitinho" ou o "Mafis", o repertório era vasto, ia desde Teixeirinha a Agnaldo Timóteo, de Roberto Carlos a Renato e Seus Blue Caps. Um tempo muito bom que ficou lá atrás, mas nunca esquecido.

 Itaqui dos meus amores, tantas coisas que me seduzem, só tu tens... Moinho Australiano no centro da cidade Casa de Pedra Bebedouro para cavalos na Estação de Trem, hoje Parque Comendador Fermino Fernandes Jr.  Passeio a cavalo nos domingos Engenho O pôr-de-sol do Rio Uruguai, teus campos e belezas naturais são únicas, por isso eu te digo plagiando nosso poeta João Sampaio. DOS VELHOS PADRES JESUÍTAS HERDEI O ENTONO ALTANEIRO E A DUPLA CONDIÇÃO DE FRONTEIRIÇO E MISSIONEIRO!