Itaqui, meu pago!

 Sempre ouvi falar, os mais antigos comentavam que a ponte internacional de Uruguaiana/Pasos de Los Libres nos foi tirada, era para ser entre Itaqui e Alvear.  Nossas estreitas relações culturais e de amizade com as vizinhas cidades argentinas de Alvear e La Cruz, como também do resto da Argentina, é antiga.  Todos sabem que aqui aportavam grandes embarcações a vapor a caminho de Buenos Aires e em nosso majestoso Teatro Prezewodowski, importantes companhias de renome internacional se apresentavam pois fazíamos parte do roteiro Rio - São Paulo - Porto Alegre - Buenos Aires - Montevidéu. Durante muito tempo, Itaqui foi um polo de atração de arte cultura. Outro fato (este relatado no livro "Viagem Sentimental a Itaqui: O Portal do Rio Grande, Minha Paixão!" de João Sampaio), prova o grande intercâmbio que havia, até por volta da década de 40 do século passado, Itaqui e a cidade Argentina de Alvear estavam interligadas por telefone e telégrafo, com os cabos sustentados po...

 A cidade de Itaqui nasceu as margens do Rio Uruguai, por este motivo aqui a chalana é tão popular, talvez o mais antigo meio de transporte, muita usada na pesca e na travessia do rio para ultrapassar a fronteira. Em outros tempos havia mais chalaneiros no porto do que taxistas na cidade.   João Sampaio  criou esta bela letra que Luiz Bastos musicou e que Cristiano Quevedo interpreta. Aproveitamos para fazer esta justa e merecida homenagem a estes bravos pescadores e chalaneiros em geral.

 Alguém pode dizer que "é duro nadar de poncho" , realmente deve ser, mas esta vestimenta característica dos gaúchos é que nos aquece no sul do Brasil, Argentina e Uruguai, principalmente nos descampados das zonas rurais, onde os ventos gelados e geadas são constantes. João Sampaio fez a letra, Luiz Bastos musicou e Jorge Freitas canta "Com o Poncho Branco de Geada" , neste clip que eu produzi em homenagem a todos que sofrem os rigores do inverno nesta Pampa de Meu Deus!

Parceria de João Sampaio , Diego Müller e Elton Saldanha , interpretada por Daniel Torres . Itaqui (Brasil) e Alvear (Argentina), duas cidades fronteiriças separadas pelo Rio Uruguai mas unidas pelas suas tradições, vocações e amizades.

 Para matar a saudade do tempo em que se viajava de Maria Fumaça por todo interior do Rio Grande do Sul. Mano Lima fez esta música pensando no seu velho Bororé .  O som do trem, o apito (não tem coisa mais linda) e o sino da estação, coloquei no clip porque isso soa como música aos meus ouvidos e dos mais antigos, tenho certeza que todos irão gostar.  Não sei onde nossos governantes estavam com a cabeça (acho que até sei) ao acabar com nossa malha ferroviária. Só nos resta agora é recordar.

 Quem é de Itaqui sabe avaliar o que sentimos por esta terra amada. O Itaqui está para o itaquiense como o sangue em nossas veias, que é tão vital para nos manter vivos!

  Pai!  Tantos anos se passaram e ainda não acostumei com a tua ausência, que falta tu ainda me faz, este grande vazio existencial nunca vai me abandonar. Era ainda um adolescente quando Deus te chamou, foi muito difícil encarar a vida sem a tua palavra de orientação.  Gostaria tanto de poder te dar um grande abraço neste dia dos pais, ter uma boa conversa e dividir minhas emoções. Como seria bom ver novamente aquele sorriso largo, aquele olhar de compaixão e as vezes de bravo, gostaria de ter compartilhado contigo todos os meus sonhos e fraquezas nestes anos todos.   SAUDADES!!! Thomaz Zacarias Sanchotene

 A quase um ano, em setembro de 2012, coloquei aqui no blog um vídeo que produzi do conto rimado chamado  "O Pedro Pampa, a Cigana e o Touro Jaguaré", o qual vocês podem rever quando quiserem na voz do autor. Esta história comovente criada por João Sampaio , o Mano Lima agora nos conta cantando.  Como é bom e gratificante para nós itaquienses termos na nossa linha de frente artística, nomes como o de João Sampaio e Mano Lima. 

 ITAQUI , tem muitos personagens marcantes e incríveis, Gago Cunha (Moacir Fábio Figueiredo Cunha), é um deles. Meu amigo Gago Cunha É ventena e aporreado E "às vez" se faz de potrilho Pra comer milho quebrado! Seu pingo se chama Índio Para os dias de carreirada Pois baixa de "dezessete" Correndo em terra lavrada! Oigaletê Gago Cunha Abria o peito e dava um urro Aos tironaços co'a a Brigada Que nem mondongo de burro! Mete os beiços com os milicos: "Te cagaste boca funda!" E larga um verso chacreiro Feio igual "taio" na bunda! Nos tempos de galo novo Era maleva e bochincheiro E hoje só resta o relincho Do cuiudo caborteiro! Não lambe espora de rico E pra macho não dobra esquina Pois é dono do Rio Grande E dum pedaço da Argentina!                                                       ...